Em cruzeiro, Roberto Carlos canta, participa de karaokê e frequenta cassino
Por
, enviada ao cruzeiro Emoções em Alto Mar
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Apesar de pouco interagir com os fãs, a presença do cantor é notada em todos os cantos do navio; saiba mais
A
bordo do cruzeiro Emoções em Alto Mar, que finalizou sua décima viagem
nesta quarta-feira (12), o cantor Roberto Carlos gosta de repetir: “Aqui
é como se estivéssemos morando na mesma casa. Só não dormimos na mesma
cama”.
De um jeito curioso, há bastante verdade na afirmação. No
cruzeiro, o Rei é, ao mesmo tempo, ausente e onipresente. Não anda pelos
corredores do navio e raramente deixa a cabine, localizada em uma área
VIP e fechada à maior parte dos passageiros. Gosta de ir ao cassino, mas
apenas durante a madrugada, e quando de fato está perto do público, em
eventos especiais, permanece separado dele, chegando depois e se
sentando em área reservada.
Ainda
assim, é como se, de fato, aquela casa fosse a do Rei. Em praticamente
todos os ambientes se ouve músicas das diferentes fases da carreira
(geralmente em sua própria voz, às vezes covers de outros artistas); nos
corredores há sempre alguém vestindo azul e branco ou grupos usando
camisetas uniformizadas com a foto do ídolo; os pôsteres colocados pelo
navio estão sempre com uma fila para fotos (“se a gente não tem o Rei em
carne e osso, né?”); e a todo momento o assunto, de algum modo, volta
para ele.
No elevador e nas áreas comuns, é fácil ouvir os atestados
de fã. “Tenho 48 rosas”, “Fui a 43 shows só no ano passado”, “Participei
de todos os cruzeiros”, “Gosto dele há mais de 50 anos”, “Recorto até
quadradinho que sai na revista" e o famoso "Tenho tudo dele".
Quando o empresário Dody Sirena teve a pioneira ideia de inserir Roberto no mercado de cruzeiros temáticos,
temeu que os fãs quisessem encontrá-lo a todo momento. Rapidamente,
percebeu que não. “É um pouco como criança na Disney: tem tudo ali à
disposição, não há cobrança de se estar toda hora com o Mickey”.
Os passageiros
O
público do cruzeiro de Roberto Carlos é mais velho, em geral tem mais de
50 anos e viaja principalmente em casal ou em turma de mulheres. Como
estão ali principalmente para ver o Rei, apenas uma pequena parte
costuma descer do navio nos pontos de parada, e cerca de 40% retorna
outras vezes.
É o caso de Anni Lourenço Rios, que está no sexto
cruzeiro consecutivo. Aos 35 anos, ela é um caso de passageira mais
jovem que não apenas acompanha a mãe, mas herdou dela a paixão pelo Rei.
“Venho por ele”, contou. “O cruzeiro é bacana, mas não é a razão de
vir”.LEIA MAIS
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