quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

ROBERTO: EMOÇÕES EM ALTO MAR

Em cruzeiro, Roberto Carlos canta, participa de karaokê e frequenta cassino

Por Luísa Pécora , enviada ao cruzeiro Emoções em Alto Mar  

Apesar de pouco interagir com os fãs, a presença do cantor é notada em todos os cantos do navio; saiba mais

A bordo do cruzeiro Emoções em Alto Mar, que finalizou sua décima viagem nesta quarta-feira (12), o cantor Roberto Carlos gosta de repetir: “Aqui é como se estivéssemos morando na mesma casa. Só não dormimos na mesma cama”.
De um jeito curioso, há bastante verdade na afirmação. No cruzeiro, o Rei é, ao mesmo tempo, ausente e onipresente. Não anda pelos corredores do navio e raramente deixa a cabine, localizada em uma área VIP e fechada à maior parte dos passageiros. Gosta de ir ao cassino, mas apenas durante a madrugada, e quando de fato está perto do público, em eventos especiais, permanece separado dele, chegando depois e se sentando em área reservada.

Ainda assim, é como se, de fato, aquela casa fosse a do Rei. Em praticamente todos os ambientes se ouve músicas das diferentes fases da carreira (geralmente em sua própria voz, às vezes covers de outros artistas); nos corredores há sempre alguém vestindo azul e branco ou grupos usando camisetas uniformizadas com a foto do ídolo; os pôsteres colocados pelo navio estão sempre com uma fila para fotos (“se a gente não tem o Rei em carne e osso, né?”); e a todo momento o assunto, de algum modo, volta para ele.

No elevador e nas áreas comuns, é fácil ouvir os atestados de fã. “Tenho 48 rosas”, “Fui a 43 shows só no ano passado”, “Participei de todos os cruzeiros”, “Gosto dele há mais de 50 anos”, “Recorto até quadradinho que sai na revista" e o famoso "Tenho tudo dele".
Quando o empresário Dody Sirena teve a pioneira ideia de inserir Roberto no mercado de cruzeiros temáticos, temeu que os fãs quisessem encontrá-lo a todo momento. Rapidamente, percebeu que não. “É um pouco como criança na Disney: tem tudo ali à disposição, não há cobrança de se estar toda hora com o Mickey”.


Os passageiros
O público do cruzeiro de Roberto Carlos é mais velho, em geral tem mais de 50 anos e viaja principalmente em casal ou em turma de mulheres. Como estão ali principalmente para ver o Rei, apenas uma pequena parte costuma descer do navio nos pontos de parada, e cerca de 40% retorna outras vezes.
É o caso de Anni Lourenço Rios, que está no sexto cruzeiro consecutivo. Aos 35 anos, ela é um caso de passageira mais jovem que não apenas acompanha a mãe, mas herdou dela a paixão pelo Rei. “Venho por ele”, contou. “O cruzeiro é bacana, mas não é a razão de vir”.

LEIA MAIS 

Nenhum comentário:

Postar um comentário