quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

EUA E CUBA SE REAPROXIMAM

Barack Obama e Raúl Castro anunciam aproximação histórica entre Cuba e EUA

Por iG São Paulo

Embargo a Havana, porém, foi mantido; o presidente dos EUA chamou o isolamento a ilha de uma 'abordagem ultrapassada'

O presidente Barack Obama declarou o fim da "abordagem ultrapassada" dos Estados Unidos a Cuba nesta quarta-feira (17), anunciando o restabelecimento de relações diplomáticas, bem como os laços econômicos e de viagens para a ilha - uma mudança histórica na política dos EUA, que visa pôr fim a um meio século de inimizades da Guerra Fria.
AP Photo/SABC Pool, File
Estados Unidos e Cuba não se relacionam desde 1962 - obstáculos às relações econômicas foram adotados pelos EUA

"Isolamento nunca funcionou", disse Obama durante discurso na Casa Branca. "É hora de uma nova abordagem".
Enquanto Obama falava, o presidente cubano Raúl Castro também discursava para sua própria nação em Havana. Obama e Castro falaram ao telefone por mais de 45 minutos na terlam, a primeira mudança substancial para as discussões entre EUA e Cuba desde 1961.
Anúncio de quarta-feira foi resultado de mais de um ano de negociações secretas entre os EUA e Cuba. O restabelecimento das relações diplomáticas foi acompanhada pela libertação do americano Alan Gross e de um espião norte-americano feita por Cuba e EUA, que também tinha três espiões presos na Flórida.

Obama afirmou que as relações entre os dois países terão um novo começo a partir de agora. "Estamos tomando medidas para melhorar as relações comerciais e políticas com Cuba", afirmou.
Em discursos concomitantes transmitidos para o mundo todo no início desta quarta-feira, os líderes de Cuba e EUA falaram sobre o embargo da nação americana à ilha caribenha, iniciado em 7 de fevereiro de 1962.
"Pedimos aos EUA para remover os obstáculos que há décadas acabam com os vínculos entre nossos povos", disse o presidente cubano Raúl Castro, citando conversa que teve com Obama na noite anterior, marcando o início das retomada de relações diplomáticas entre os dois países.
"Os progressos alcançados por intercâmbio entre nossos cidadãos e os norte-americanos demonstram ser possível encontrar soluções a muitos dos problemas da atualidade."
Uma fonte norte-americana destacou que o papa Francisco e o Vaticano desempenharam papel fundamental como intermediários para a reaproximação entre os dois países. O papa também enviou carta com um apelo pessoal a Barack Obama e a Raúl Castro, e o Vaticano acolheu delegações dos dois países para finalizar a reaproximação.

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