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Ministro da Educação, Cid Gomes entrega o cargo e Cunha anuncia no plenário da Câmara

Pouco antes, ministro afirmou que não deixaria o comando da pasta

Cid Gomes esteve na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira Fabio Rodrigues Pozzebom/18.03.2015/Agência Brasil

O ministro da Educação, Cid Gomes, entregou o cargo nesta quarta-feira (18) e a presidente Dilma Rousseff aceitou o pedido, informou a assessoria da Casa Civil. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou a saída no plenário da Casa, depois de receber uma ligação do ministro da Casa Civil, Aloisio Mercadante.
Cid afirmou que foi "destratado" no Parlamento e, por isso, achou melhor entregar o cargo.
— Eu fui destratado no Parlamento e não estou aqui para se destratado por ninguém. Infelizmente, fui convidado e agredido.Nessa condição penso eu que estou liberado.
Poucos minutos antes, Cid Gomes havia afirmado que não pretendia pedir demissão. Cid participou hoje de uma comissão na Câmara para esclarecer uma declaração, na semana passada, de que há “400, 300 deputados achacadores” no Parlamento.
Contundente, Cid sugeriu aos partidos da situação que não sejam oportunistas e que “larguem o osso, saiam do governo” se não quiserem cumprir seu papel. Em seguida, mandou um recado direto para o PMDB — principal partido da base aliada de Dilma Rousseff.
— Alguns querem criar dificuldade para conseguir mais um ministério. Tinha um que só tinha cinco, criou dificuldade para obter o sexto, vai querer o sétimo, vai querer o oitavo, vai querer a Presidência da República.
Logo depois de discursar, Cid abandonou o plenário da Câmara porque se sentiu ofendido após ser chamado de "palhaço" pelo deputado Sérgio Zveiter (PSD-RJ). O ministro interrompeu o deputado para pedir respeito, mas teve o microfone cortado pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
— A palavra está assegurada ao orador. Vossa Excelência [Cid Gomes] nem parlamentar é para interromper a falar do orador que está na tribuna.

FONTE:R7