sexta-feira, 20 de novembro de 2015

DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA : CONSULESA RELATA CASOS EM QUE JÁ FOIVÍTIMA DE RACISMO

Invisível ou tachada como traficante em aeroportos, Alexandra Baldeh Loras é exemplo claro do racismo disfarçado no País


Aos 38 anos, consulesa é uma das ativistas mais jovens que tratam do tema do racismo
Divulgação
Aos 38 anos, consulesa é uma das ativistas mais jovens que tratam do tema do racismo

Nem o passaporte diplomático livra Alexandra Baldeh Loras das mazelas do racismo. “Sempre me param na alfândega. Acham que sou uma ‘mula’ [pessoa que faz o transporte de drogas], uma traficante de drogas”, conta a jornalista francesa que chegou à capital paulista, há pouco mais de três anos, na posição de mulher do cônsul-geral Damien Loras. 
Nesse tempo, Alexandra já sofreu quase todo o tipo de preconceito que as brasileiras negras e pobres sofrem diariamente. “Em eventos [do consulado] que recepciono, muitos convidados não se dão conta de que sou a consulesa. Mesmo depois que pego o microfone para falar algo, não percebem que era eu a pessoa pela qual passaram sem dar atenção na entrada", conta.  
“O mesmo acontece em hotéis de luxo, que só me tratam bem depois de ouvirem o meu sotaque, ou quando estou no clube com meu filho, quando perguntam o porquê de eu não estar de branco [traje obrigatório em vários lugares para babás]”, acrescenta. O espanto cresce ainda mais quando esse público elitizado a vê ao lado do marido. "Acham que eu só poderia ser casada com alguma pessoa mais velha, me ligando a algum tipo de oportunista, e não com o Damien, que é lindo”. 
Aos 38 anos, a consulesa é uma das mais jovens ativistas da causa negra. Nos últimos meses, fez participações em importantes programas de televisão brasileiros e chamou a atenção pela polêmica e astúcia ao lidar com um público muitas vezes avesso às suas ideias.

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FONTE IG

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