Vivendo um surto inédito de microcefalia provavelmente relacionado
ao zika vírus, os Estados do Nordeste sofrem há pelo menos três meses à
espera dos larvicidas de combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, da febre chykungunya e do zika.
O inseticida é enviado pelo governo federal e é colocado em
reservatórios de água para evitar o surgimento da larva que dá origem ao
mosquito.
O Nordeste registrou este ano 399 casos de microcefalia. Na
terça-feira (17), o ministério confirmou a presença de zika vírus em
duas gestantes da Paraíba que estão com bebês no útero já diagnosticados
com microcefalia. "É altamente provável que as duas coisas estejam
ligadas", disse o diretor do departamento de vigilância das doenças
transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.
O UOL
apurou que a situação atinge os nove Estados da região. O larvicida
piroxisen é enviado pelo Ministério da Saúde aos Estados, que por sua
vez repassam aos municípios, de acordo com suas necessidades –é das
prefeituras a responsabilidade do controle de endemias. Os municípios
são proibidos de comprarem diretamente o produto e têm de esperar o
envio do produto pelo governo federal.
A falta de larvicida se
torna ainda mais grave nos municípios do semiárido que enfrentam a pior
seca dos últimos 50 anos. Nessas cidades, os moradores acumulam água em
casa por conta da deficiência no abastecimento, o que aumenta as fontes
de criação do mosquito.
Há casos como o do município de Ouro Branco, no sertão de Alagoas,
onde o alto índice das doenças transmitidas pelo mosquito levou a
prefeitura a decretar emergência. Segundo a prefeitura, há 90 dias a
cidade está sem o larvicida é impedido de fazer o trabalho na casa dos
moradores.
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